Revista M: a revista digital do Museu Casa da Moeda

A investigação científica é um dos pilares mais importantes das sociedades informatizadas e mediatizadas do século XXI. Através dela, é possível não só produzir-se conhecimento original e inovador, capaz de nos ajudar a pensar o passado, o presente e o futuro, mas também envolver a comunidade nas práticas que permitem a sua disseminação junto do grande público. Entre estas, destaca-se a política de «acesso aberto», expressão que tem vindo a ganhar cada vez maior força nos meios académicos nacionais e internacionais e que serve para designar as orientações por meio das quais se determina que os investigadores disponibilizem, de forma gratuita e em plataformas específicas, toda a produção científica que é realizada com capitais públicos. Todas as áreas do conhecimento estão abrangidas por estas orientações, pelo que também a Numismática e a Medalhística se constituem, hoje em dia, como domínios capazes de gerar conhecimento que pode ser disponibilizado e usufruído por todos os cidadãos, numa lógica gratuita e universal.

A Revista M, o periódico científico do Museu Casa da Moeda, nasceu com o propósito de ajudar a divulgar os trabalhos de investigação que têm vindo a ser realizados pela comunidade científica ao longo dos últimos anos, em áreas como a Numismática e a Medalhística. Aberta à colaboração de todos, a revista publica artigos, estados da arte, notas de investigação e recensões críticas, em português e em inglês, sendo estes sujeitos a um processo de arbitragem científica que pressupõe a revisão de todos os textos submetidos para publicação por parte do editor, Mário Gouveia, conservador principal do Museu Casa da Moeda, e dos membros do conselho editorial, sendo sua tarefa emitir uma apreciação global sobre a qualidade dos textos recebidos e a sua adequação aos critérios editoriais. Este conselho integra professores e investigadores universitários, portugueses e estrangeiros, cujo percurso está associado àquelas áreas do saber. Entre estes, destacam-se os nomes de Alberto Canto García, Maria João Gaiato, Maria Rosa Figueiredo, Mário Jorge Barroca, Nuno Valério, Rita Martins de Sousa, Rui Centeno e Ruth Pliego Vázquez.

A periodicidade da revista é anual, sendo geralmente aberta uma chamada de artigos no início de cada ano. Funcionando em permanência, esta chamada é divulgada não só através das redes sociais do Museu Casa da Moeda, mas também junto das unidades de investigação que reúnem os investigadores cujas áreas de trabalho focam temas relacionados com a Numismática e a Medalhística, como a História, a Arqueologia e a História da Arte. Após a sua receção, os textos são cuidadosamente revistos pelo editor e o conselho editorial, sendo os seus autores notificados acerca das alterações que possam ser necessárias para que os respetivos artigos se enquadrem nos padrões de rigor, exigência e qualidade da revista. Quando os textos são aprovados para publicação, tem início o processo de edição dos originais, que inclui uma revisão com quádruplo caráter: científico, linguístico, iconográfico e bibliográfico. Todos os autores dos textos participam de perto neste trabalho de revisão e dão o seu inestimável contributo para que os seus textos sejam publicados e divulgados com a máxima qualidade.

A 1.ª série da Revista M  inclui quatro números já publicados, perfazendo um total de dezanove artigos escritos não só por investigadores portugueses, mas também brasileiros. Os artigos focam temas de Numismática, Medalhística e Notafilia, abrangendo um espetro diacrónico de mais de dois mil anos de história da moeda, da medalha e do papel-moeda. Para além destes, também têm vindo a ser publicados alguns artigos nos domínios da Arqueologia, da História e até da Paleografia, que contribuem não só para alargar o escopo científico da revista, mas também para reforçar a importância das abordagens interdisciplinares. O editorial e a nota de apresentação, subscritos pelo diretor do Museu Casa da Moeda, Duarte Azinheira, e o editor da revista, ajudam a enquadrar os artigos publicados e a salientar as suas principais linhas de força, em termos metodológicos e epistemológicos. Disponíveis no sítio do Museu Casa da Moeda, todos os números podem ser descarregados, impressos e distribuídos de forma gratuita, facto que tem permitido a sua divulgação junto de toda a comunidade científica e até noutras plataformas digitais mais direcionadas para o público académico.

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