
Quem é Quem: Nuno Sousa
O convidado desta edição é Nuno Sousa, trabalha na UGF. O Nuno está na INCM há 30 anos e conta-nos um pouco sobre o seu trabalho e os seus hobbies.
Nuno Sousa: Sou o Nuno Sousa, estou na INCM, desde Abril de 1993, ou seja faço 30 anos de casa este mês, e pertenço à UGF, desde a minha entrada para a casa.
Matriz: Como descreve as suas funções na INCM?
Nuno Sousa: Sou operador de maquinas, faço pressurização de impressos, faço estampagem de holograma de segurança, basicamente, faço acabamentos gráficos.
Matriz: Como é o seu dia a dia na INCM?
Nuno Sousa: Trabalhamos com produtos de segurança. Há produtos sigilosos, que não podemos revelar muito a nivel de operações que fazemos ao nivel de certos produtos. Temos um termo de confidencialidade da empresa, mas sinto me bem a trabalhar.
Ao fim ao cabo, o nosso trabalho aqui, tem um impacto grande na sociedade, porque fazemos produtos que são importantes para a sociedade: o passaporte, os cartões de cidadão.
Continuamos a fazer muitos produtos. E muita gente, não lhes passa pela cabeça que os produtos são feitos aqui na empresa.
Matriz: Destaque um ponto forte na INCM?
Nuno Sousa: Por exemplo, a casa tinha, na altura, o diário da républica. Vivia muito à base desse produto, que trazia muito dinheiro para a INCM, e quando perdemos o diário em papel, perdeu-se, na altura, muito dinheiro. E a casa conseguiu-se reinventar, virar-se para o futuro, arranjar produtos de segurança, que são um dos melhores bens da casa actualmente.
Conseguimos acompanhar o mercado e estamos virados para o futuro.
Matriz: O que diria a alguém que começa agora a trabalhar na INCM?
Nuno Sousa: Dizia para agarrar a oportunidade, porque apesar dos ordenados não serem altos, continua a ser uma empresa muito estável, e nunca falha com pagamentos às pessoas. Diria para valorizar o posto de trabalho que tem, porque continua a ser uma casa muito boa para se trabalhar.
Matriz: Como descreve a INCM a alguém que não a conhece?
Nuno Sousa: É uma grande empresa, que continua virada para o futuro, está a acompanhar o mercado, e continua a reinventar-se, sempre.
Matriz: Um facto desconhecido sobre si?
Nuno Sousa: Eu já conheço as pessoas aqui há muitos anos, mas, fiz desporto muitos anos, comecei a fazer desporto com 14 anos, depois tive um percurso de alta competição: luta grego-romana. Fui campeão nacional oito anos.
A casa também me ajudou com isso, porque, ao abrigo de um decreto lei do diário da república, eu passava muito tempo fora, estive em Cuba, na Russia, Finlândia, Dinamarca, corri muitos países da Europa e alguns fora da Europa, e a casa nunca me faltou com ordenados, acabou por me apoiar nessa vertente desportiva. Não sei se muita gente sabe, mas os meus colegas directos sabem, outros talvez não.
Matriz: Qual é o seu hobby preferido?
Nuno Sousa: Continuo ligado ao desporto, vou a alguns clubes. Às vezes faço um treino de luta, jiu-jitsu, os meus filhos andam no judo, às vezes vou e faço judo. Continuo a fazer, pela casa: atletismo, porque não consigo estar sem fazer desporto, fico muito agitado. Tenho que fazer desporto e gosto de pesca, é um hobby recente, talvez com sete, oito anos, que me acalma bastante.
Matriz: Qual a personalidade histórica que mais admira e porquê?
Nuno Sousa: Não tenho ninguém em especifico, vou tirando exemplos na minha vida, os grandes exemplos que tenho, são pessoas.
Por exemplo, os atletas que tiveram percursos de alta competição nos desportos amadores, tiveram que abdicar de muita coisa das suas vidas profissionais. Eu, por acaso, tive a sorte, porque percebi que não era um desporto de futuro, mas conheço pessoas que abdicaram da vida ao nível de futuro, algumas conseguiram vingar, outras não.
Mas, em vários desportos amadores, como é o caso da luta, do judo, do halterofilismo, da esgrima, tive várias pessoas e amigos, que treinavam no complexo desportivo da lapa, onde convivi com algumas pessoas: Pedro Soares, Nuno Delgado, Filipa Cavaleiro, pessoas ligadas a modalidades desportivas, que fizeram percursos bonitos no desporto e que abdicaram de muita coisa na juventude. Eu abdiquei de muita coisa também, mas ao fim ao cabo, consegui ter a minha vida profissional estável, e houve pessoas não tiveram isso.
Matriz: Qual o herói ou figura de ficção que admira e porquê?
Nuno Sousa: Como se calhar todos os miúdos tiveram, era o super homem, por ter poucas fragilidades, e por conseguir superar muita coisa.
Matriz: Qual o livro que o marcou?
Nuno Sousa: Um dos livros que mais me marcou, na minha adolescência, foi os filhos da droga, de Christiane F. Segundo o relato, é a história da vida dela entre 12 e os 15 anos. Uma Alemã, metida no mundo da droga, a nível familiar tinha uma vida muito instável, e conta relatos impressionantes dela e do namorado.
Acho que nos alerta para muita coisa, e faz-nos pensar muito. Foi um dos livros que me marcou. Nos estágios que fazíamos fora, eu costumava ler muito, e esse foi um dos livros que me marcou.
Gosto muito de cinema e de filmes, um dos que mais me marcou, que traz um lado muito emotivo, e consegue também ter um bocado de humor, que é a Vida é bela, do Roberto Benigni.