Presidente da República e Primeiro-Ministro entregam galardões aos vencedores do Prémio IN3+

O projeto IDINA – Identidade Digital Inclusiva Não Autoritativa, apresentado por João Marco Silva, do INESC TEC, com a participação de elementos ligados à Universidade do Minho e UNU-EGOV, conquistou o primeiro lugar do Prémio IN3+. O galardão foi entregue pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia que teve lugar na Casa da Moeda no dia 29 de março.

O evento contou também com a presença do Primeiro-Ministro, António Costa, a quem coube entregar o troféu ao segundo classificado, o projeto AICeBlock, da equipa da Fraunhofer Portugal liderada por André Carreiro.

O terceiro premiado foi o projeto HIGHLIGHT, da equipa de Nano-Fotónica do Prof. Manuel J. Mendes, da NOVA School of Science and Technology, que recebeu o respetivo troféu das mãos da Professora Maria Manuel Leitão Marques, Presidente do júri do Prémio IN3+.

Gonçalo Caseiro, Presidente do Conselho de Administração da INCM, sublinhou que “nesta edição o Prémio recebeu diversas ideias promissoras e com grande potencial de aplicabilidade na nossa atividade, além de relevantes e úteis para a população em geral. Acredito que concretizar os projetos vencedores vai trazer algo de novo para o dia a dia de milhões de pessoas, em Portugal e noutros países com diferentes níveis de desenvolvimento, garantindo a segurança e o direito à identidade de todos os cidadãos, valores que norteiam a INCM há séculos”.

O projeto IDINA – Identidade Digital Inclusiva Não Autoritativa – pretende solucionar os problemas de identificação por falta de sistemas centrais que o façam. Esta é uma ferramenta que poderá ter grande utilidade em a zonas remotas de alguns países, que não têm as infraestruturas que permitam essa creditação dos seus cidadãos dando a autoridade necessária a instituições credíveis, como escolas, instituições de saúde, autoridades locais, etc., atestar o nascimento e a vivência de cidadãos a partir de eventos como a vacinação ou ingresso no ensino. Em alguns países, esta plataforma poderá, posteriormente, integrar ou até assumir o papel de registo Autoritativo, cumprindo uma premissa das Nações Unidas: todo o cidadão possuir um cartão de identificação válido.

1.º classificado:

Já a ideia AICeBlock – Artificial Intelligence Certification through the Blockchain – propõe o desenvolvimento de uma plataforma, sustentada em blockchain, que permite fomentar a confiança em aplicações de base em Inteligência Artificial através da sua certificação. Com esta solução será possível interpretar, rastear e auditar as previsões dos modelos “inteligentes” usados em áreas como a condução autónoma ou diagnóstico por computador.

2.º classificado:

Por fim, o HIGHLIGHT foca-se na nanotecnologia com o desenvolvimento de uma tinta que permite manipular a luz, dando a possibilidade única de variação ótica visível ou invisível ao olho humano. De acordo com os criadores, este produto poderá ser muito útil ao mercado de anti-contrafação, por exemplo para aplicar em todo o tipo de documentos e selos de segurança.

3.º classificado:

O Prémio IN3+, promovido pela INCM, vai colocar um total de 1 milhão de euros ao dispor dos vencedores para que desenvolvam os seus projetos, em conjunto com a equipa do INCMLab, a área de inovação da empresa, de forma a aplicar as suas soluções à escala real e, assim, contribuir para a inovação na oferta de produtos e serviços que chegarão a todos e à sociedade.

Nesta 3.ª edição do Prémio IN3+, a INCM quis também evidenciar o seu foco na sustentabilidade e optou por criar uma peça simbólica para assinalar os vencedores, uma obra de arte feita com materiais de refugo e desperdícios da sua produção industrial. Estas peças foram produzidas pelo artista Bordalo II,  um dos nomes mais reconhecidos da arte urbana em Portugal

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