
Editorial – Junho 2022
Por Alcides Gama, Administrador da Imprensa Nacional – Casa da Moeda
E que fantástica oportunidade poder assinar este editorial da Matriz na véspera da celebração dos 50 anos da criação da INCM, a 4 de julho.
Mal podíamos adivinhar, a 4 de julho de 1972, o percurso que durante os seguintes 50 anos as centenárias empresas Casa da Moeda e Imprensa Nacional, agora unidas, iam continuar a viver.
Como diz o lema do nosso logótipo de aniversário, e muito bem, estamos há 50 anos a unir séculos. Que sejam muitos mais, é o melhor desejo a que podemos brindar.
A INCM de hoje pouco tem a ver com a INCM que nasceu na altura de duas entidades já seculares e muito relevantes na sociedade portuguesa. Diferente em tudo. Nas instalações, nos equipamentos, na tecnologia, na inovação, nos produtos, nos mercados, na ambição, entre outros. Existem, contudo, elementos de continuidade e que assumem a maior relevância: a cultura de serviço público e a qualidade das suas trabalhadoras e dos seus trabalhadores – a maior mais-valia da Empresa, não me canso de o afirmar -, a capacidade de se reinventar e de saber inovar, e a coragem para enfrentar os desafios e o futuro.
Numas dezenas de anos passamos do papel selado para o digital, depois de nos afirmarmos no eletrónico, e de cimentarmos a enorme qualidade das nossas edições de livros.
Numas dezenas de anos passamos dos impressos em papel para as aplicações móveis, sem perder o caminho da descoberta de novos temas e de novas técnicas e materiais na cunhagem de moedas.
Hoje temos um Diário da República digital, gratuito e universal nos nossos telemóveis, temos um Museu Casa da Moeda à distância de um clique.
Como temos Laboratórios que apuram a qualidade dos nossos produtos, lojas modernas que são a nossa face mais visível para os cidadãos, a Contrastaria, também secular, e a prestar cada vez melhor serviço público aos consumidores e operadores económicos, o LAB a trabalhar os caminhos do futuro.
E a pensar no futuro criamos novas áreas, como a Digitalização e a Segurança Digital.
Ao mesmo tempo, reforçamos várias preocupações para com as trabalhadoras e os trabalhadores, a sociedade, o ambiente, o mundo.
Hoje palavras como apoios sociais, reforço da conciliação entre a vida profissional e as vidas pessoais e familiares, preocupações de inclusão, de sustentabilidade e de responsabilidade cultural e social, designadamente de voluntariado, fazem parte, entre outras, da nossa INCM como a vivemos.
Sobre o futuro, que encaramos com uma forte confiança realista, falaremos mais tarde. Por agora queria apenas deixar estas palavras para assinalar a festa que se aproxima. A INCM é de todos, e a festa é de todos. Apelo por isso à participação das trabalhadoras e dos trabalhadores nas iniciativas que criámos para todas e para todos: a corrida e a caminhada de dia 3 de julho, e no dia 4 de julho a exposição de 50 fotografias chave da vida da INCM no edifício da Casa da Moeda, as novas fotos nas janelas fabris para o parque de estacionamento no mesmo edifício, a instalação de um jogo interativo no Jardim do Arco Cego, as iluminações do edifício da Casa da Moeda. Mais à frente, a 8 de julho, o jantar de aniversário que vai juntar aos de Lisboa as e os colegas de Coimbra, Porto e Gondomar, e a posterior exposição para assinalar os 35 anos do Grupo Desportivo.
A celebração dos 50 anos da INCM é um momento de festa. E de justa homenagem a todas e a todos os trabalhadores que fizeram e fazem esta INCM. Muito obrigado.