Editorial – Abril 2022

Por Sílvia Garcia – Diretora do INCM LAB

Inovar significa encontrar soluções para o futuro, enfrentando os desafios atuais e antecipando os hão de vir. E o caminho para lá chegarmos é um processo de transformação constante, requer perseverança, resiliência e vontade de vencer. Podemos errar – tantas vezes a ciência é feita de avanços e de recuos – procurar alternativas, mas desistir, não faz parte do plano.

Na INCM este caminho tem vindo a ser trilhado apostando na criação do seu próprio ecossistema de inovação, colaborativa e aberta, ao juntar os seus trabalhadores, investigadores, empreendedores, centros de investigação, o mundo académico e empresarial, com um objetivo comum: fazer acontecer e trazer valor à economia e à sociedade. E porque acreditamos e sabemos que é através destas sinergias que conseguimos fazer diferente e melhor, criámos o nosso prémio de inovação IN3+, onde procuramos atrair as melhores ideias, os melhores investigadores e empreendedores a pensarem connosco o futuro.

Hoje são já alguns os resultados de que nos podemos orgulhar: tecnologias com registo de patente ao nível internacional, algumas já introduzidas nos produtos do dia a dia, caso do UNIQODE, no documento único automóvel ou do selo do tabaco português e, mais recentemente, nos selos fiscais do Líbano e de Angola; a nova carta de condução digital, primeira aplicação da ferramenta de identificação digital que cumpre os normativos europeus. Igualmente, nas moedas do gótico e do clima, já lançadas, podemos encontrar as nossas inovações, onde pela primeira vez se conseguiu cunhar em simultâneo metal com polímero que também poderá ser reciclado.. Também a nível da indústria do futuro, a indústria 4.0, estamos a dar passos relevantes com a introdução da logística inteligente, através da introdução do IOT e da robótica colaborativa na linha de expedição dos cartões de cidadão e passaporte português.

O impacto económico e social está patente em muitas das nossas iniciativas. Lideramos a criação de um laboratório colaborativo (Almascience), em conjunto com outras empresas e centros de investigação, que se debruça sobre a eletrónica inteligente e flexível em substratos de papel, e que deu origem a mais de uma dezena de postos de trabalho científico e altamente qualificados, contratando investigadores nacionais e internacionais. Premiámos o projeto IDINA que procura resolver o problema identificado pela OCDE sobre a não existência de identidade oficial de mil milhões de pessoas em países em vias de desenvolvimento, ao criar uma plataforma digital que permite gestão e partilha de informação informal sobre os cidadãos daquelas comunidades.

Em suma, a inovação não para, o caminho continua e os desafios são gigantes: a transição digital, as alterações climáticas e agora infelizmente um cenário de guerra que ocorre também a nível económico. Cabe à inovação, mais do que nunca, desempenhar o seu papel, e a nós estarmos aqui com as nossas ideias, com os nossos projetos, a dar forma ao conhecimento, a reforçar a indústria e a olhar pelo nosso futuro.

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